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A globalização na sua vida / Globalization in your life: junho 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Europa o velho continente

Actualmente o continente europeu é provavelmente o melhor local para se viver. 27 dos países europeus formam actualmente a UE, ou seja, o espaço de integração económica mais avançado a nível mundial. Estes países possuem livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas. Dos 27, 13 têm a mesma moeda nacional, o Euro. Logo, existem políticas comuns como a monetária, a agrícola, de imigração, social e a das pescas.

O grau de desenvolvimento humano, medido pelo IDH (Índice Desenvolvimento Humano) IDG (Índice de Desenvolvimento relativo ao Género) e IEG (Índice equidade de Género) de todos os países europeus pertencentes à UE é elevado. A pobreza absoluta é muito reduzida, beneficiando do modelo social aplicado por todos os países da UE a todos os que não tenham condições mínimas de subsistência .

O mercado único proporciona mais eventuais compradores do que nos EUA e a livre circulação aliada aos meios de transportes existentes, torna o comércio interno bastante elevado. A cidadania europeia permite acesso facilitado ao espaço nacional e mercado desses 27 países independentes.

Em termos mundiais, a ajuda ao desenvolvimento por parte de alguns dos países europeus tem ajudado os países mais pobres. Os acordos económicos, políticos e militares dos importantes centros de decisão afectam as periferias. A Europa pertence ao centro do Mundo e é o melhor local para qualquer imigrante viver.

Apesar de todas as coisas positivas, a Europa tem um lado negativo como:

PAC: A Política agrícola da União Europeia tem causado inúmeras polémicas, porque tem um orçamento demasiado elevado, não é eficientemente controlada e porque viola as leis de mercado ao impedir que concorrentes com custos de produção mais baixos coloquem os seus produtos no mercado europeu, o que não é bom para os próprios consumidores. No entanto, muitos agricultores dependem desse subsidio para sobreviver.

Modelo social europeu: Este modelo é provavelmente demasiado generoso, levando a que inúmeras pessoas vivam à custa dos que pagam impostos que assim se tornam demasiado elevados. Estes impostos elevados, até agora difíceis de reduzir, têm tornado mais rentável a deslocalização para locais como a Ásia e aumentado a taxa de desemprego da União Europeia.

Desigualdade entre países: Os países pertencentes à UE têm demasiadas assimetrias entre eles, o que causa problemas ao nível do estabelecimento de politicas comuns para as actividades económicas, sociais e educacionais. Países como Portugal ou a Roménia diferem muito de países como a Suécia e precisam de políticas próprias para se desenvolverem a todos os níveis.

Envelhecimento demográfico: O envelhecimento demográfico põe em risco todo o modelo social europeu, dado que a classe trabalhadora tem vindo a reduzir-se ao longo dos anos e tem sido sobrecarregada com impostos elevados e de uma reforma mais tardia. Para além disso, este envelhecimento demográfico obriga a uma politica migratória menos restrita, o que aumenta os problemas sociais de integração das minorias étnicas.
Dependência energética de combustíveis fósseis, o que fragiliza a economia do espaço comunitário em relação a crises petrolíferas.

Como soluções, a UE podia:

Reformular a sua política agrícola ajudando meramente os agricultores mais necessitados e mais competitivos.

Tornar o modelo social europeu mais equilibrado e em certos casos mais privatizado, permitindo uma descida de impostos que torne a economia mais competitiva.

Reduzir as assimetrias entre os países através dos mais jovens, apostando na educação e nas energias alternativas assim como na valorização dos produtos tradicionais de elevada qualidade.

Incentivar à natalidade dos cidadãos europeus através de subsídios à natalidade e licenças de parto mais alargados, assim como a salvaguarda dos direitos das mulheres grávidas, para permitir pelo menos a renovação de gerações.